sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Símbolo da miséria no Haiti, biscoito de terra faz sucesso entre quem não passa fome.

Se no tabuleiro da baiana tem vatapá, caruru e mugunzá, no tabuleiro da haitiana Tirose Julia, 38, não podem faltar os biscoitos de terra. A iguaria freqüentemente associada à miséria em que vive a maioria do povo haitiano, é um traço característico da cultura do país e consumida até mesmo por quem não está passando fome. As vendedoras garantem: além de ser “nutritivo”, os biscoitos têm propriedades medicinais.
Os biscoitos de terra são muito comuns no interior do Haiti, mas podem ser encontrados em algumas feiras e mercados a céu aberto de Porto Príncipe. A receita é simples: terra, água, sal e manteiga. Tirose conta que é no interior que está a terra utilizada na receita dos biscoitos, uma espécie de argila branca. A mistura é feita em grandes bacias de plástico ou metal. Depois, pequenos discos são feitos e colocados para secar sob o sol.
Os biscoitos têm uma textura sólida e quebradiça, semelhante a blocos de terra ressecados durante uma estiagem. “Não pode ser feito com qualquer terra. Tem um tipo que é específico para isso. E que só tem aqui no Haiti”, conta a vendedora que montou seu tabuleiro em frente a um quartel da Polícia Nacional do Haiti (PNH), na favela de Cité Soleil, uma das mais perigosas do país. “Aqui é mais seguro”, diz.
No tabuleiro de Tirose, os biscoitos são vendidos junto a pães, sacos pequenos de café em pó, chicletes, balas, pirulitos e outros doces. Ela diz que a maioria dos compradores da iguaria haitiana são as meninas. “Elas compram mais porque faz bem para a pele. Deixa a pele bem lisinha, sem espinhas”, garante Tirose.
Se o hábito de comer os biscoitos de terra está relacionado à pobreza haitiana, há controvérsias, mas o fato é que eles são relativamente acessíveis à população pobre do país. O pequeno, com o diâmetro de uma bolacha recheada, custa 1 gourde, o equivalente a R$ 0,05. O maior, do tamanho de uma pizza "brotinho", custa cinco gourdes, ou R$ 0,25. A renda média do haitiano é de 80 gourdes por dia.
Outra vendedora, Eveline Baskin, que tem uma tenda em frente a uma escola de Petión Ville, uma espécie de bairro nobre de Porto Príncipe, diz que não entende porque as pessoas de fora do Haiti relacionam os biscoitos de terra à pobreza. “Aqui, quem compra os biscoitos de terra são estudantes, gente que não passa fome. Compram porque gostam mesmo”, afirma Eveline.
A estudante Leviene Josef, 19, concorda com Eveline. Para ela, os biscoitos são um alimento como outro qualquer. “Eu sempre compro quando vejo vendendo na rua. São muitos gostosos e ainda fazem bem para a saúde”, diz Leviene.


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

         A Copo de 2010 e a Tragédia da Africá do Sul



Aproxima-se o início de um dos maiores eventos esportivos do capitalismo no mundo. Entre os meses de junho e julho deste ano acontecerá a Copa do Mundo de futebol da FIFA (Federação Internacional de Futebol) na África do Sul. A venda de direitos televisivos já começou, os contratos assinados para a construção das obras, quase todas faraônicas, já começam a ser pagos e os lucros extraordinários já são contabilizados para a entidade máxima do futebol e as grandes empresas que patrocinam o evento.
Por trás do discurso oficial propalado pela FIFA e pelo governo fascista da África do Sul, de que o evento irá reforçar o desenvolvimento do país, criar empregos e reduzir a desigualdade, a realidade, a cada dia, se apresenta mais límpida para a observação de todos. Os exorbitantes recursos públicos destinados à construção de mega-estádios desviam os investimentos de obras básicas essenciais ao avanço de um território marcado pela exclusão social e pelo racismo institucionalizado. Iniciativas para a edificação de hospitais, escolas, habitação, saneamento básico, infra-estrutura, transporte e outras deficiências são negligenciadas em nome da construção de obras que se mostram inúteis quando se pensa no desenvolvimento e no combate a desigualdade evidente. Os recursos do povo sul-africano são pilhados dia-a-dia, tanto pelas empresas estrangeiras, quanto pela elite, negra e branca, do país. Expulsões e massacre tornam-se ações cotidianas da polícia fascista contra o povo pobre, que o velho Estado tenta eliminar para que o mundo não veja as reais condições de pobreza e miséria que aflige a grande maioria da população da África do Sul.
Os operários que participam das construções dos estádios são explorados notoriamente: contratados por meio de negociações temporárias, são violados em seus direitos mais básicos e, na maioria das vezes, esquecidos; a pressão devido ao cumprimento de prazos exerce uma carga que afeta de forma devastadora a vida dos trabalhadores, provocando também numerosos acidentes; os baixos salários e o desrespeito, por parte das construtoras, dos direitos trabalhistas, impedem qualquer melhoria na vida das famílias que se envolvem na construção das obras, fazendo só aumentar os lucros das grandes empresas. O CNA, partido do ex-presidente Nelson Mandela, e que governa o país atualmente, usa de seu passado supostamente ativista contra o regime de segregação racial (o apartheid), para se perpetuar no poder, montar esquemas de corrupção e servir ao imperialismo e às classes dominantes da África do Sul. Dá total apoio à realização da copa do mundo de futebol e repete, como um papagaio, todos os engodos perpetrados pela FIFA e pelos privilegiados que lucram às custas do sofrimento dos trabalhadores sul-africanos.

O documentário “Fahrenheit 2010”, produzido e lançado a alguns meses do início do mega-evento esportivo do capitalismo mundial, denuncia a insanidade dos gastos envolvidos na realização dos projetos e na construção das obras, onde, a cada instante, dinheiro público é desperdiçado para a satisfação das empresas e do imperialismo. Mais do que isso, o filme mostra como é descarado o cinismo e o fascismo dos envolvidos na realização da Copa do Mundo na África do Sul, sejam eles estrangeiros ou sul-africanos que servem aos interesses do aparato internacional. O presidente do comitê organizador da Copa do Mundo da FIFA de 2010, Danny Jordaan, ao ser questionado no documentário sobre a evidente contradição de se construir mega-estádios ao invés de se investir, por exemplo, em hospitais, diz: “as crianças sonham em jogar futebol e não em ir para hospitais”, vejam só quanto descaramento! Um chefe da polícia fascista sul-africana - que desde já reprime e humilha o povo pobre para que se torne invisível enquanto a copa estiver sendo realizada - ao ser perguntado sobre possíveis tumultos causados pela revolta popular, responde que não há problemas, pois os responsáveis pela segurança já compraram alguns “brinquedinhos” (jatos de alta pressão, bombas, balas de borracha e outros tipos de instrumentos de violência) e estão “loucos para usá-los”. Fica evidente que mais essa iniciativa do imperialismo serve, como todas as outras, ao escárnio e exploração da classe operária e demais classes oprimidas.


O quadro no país africano deve ser bem analisado, tendo em vista que daqui a quatro anos o Brasil viverá  a mesma situação: sediar um evento que, acima de tudo, busca obter lucros ainda mais exorbitantes para os grandes capitalistas agentes do imperialismo e subjugar de forma sórdida todo o povo trabalhador. Obras inúteis serão construídas, principalmente mega-estádios que nem de longe estão entre as prioridades para o desenvolvimento de nosso país; esquemas de corrupção e desvio de dinheiro público serão perpetrados por todos os cantos e o povo, como sempre acontece no sistema capitalista, será desprezado e explorado das formas mais vis e cruéis que se possa imaginar.
Todo os engodos e mentiras difundidos pelos agentes do capital financeiro internacional devem ser rechaçados. Os males causados pela realização da copa do mundo na África do Sul demonstram o quanto as iniciativas desse velho sistema sempre são, independentemente do caráter que possam aparentar, medidas anti-povo e pró-dominação. Abaixo as empreitadas do imperialismo! Que a luta do povo sul-africano sirva de exemplo para os trabalhadores brasileiros! Viva a resistência e a revolta popular!

As Vezes reclamamos por não termos uma roupa nova para vestir , ou até mesmo uma maquiagem pra passar , um perfume e varias outras coisas ...
 As Vezes Reclamamos por não ter uma mistura gostosa pra comer em um almoço ou um jantar , ou que a comida esta ruim , está salgada , está com gostinho de azedo .
Na Verdade nós temos tudo , mas nao damos valor em nada !
Essas pessoas que passam fome , frio , doenças e entre outras  , nao estao ligando pra comida azeda , ou roupa feia , Eles só querem comer , e ter um pedaçinho de pano que seja pra esquentar eles ...

Eu fico pensando ... será que agr vc vai reclamar de tudo ?

                          Fome e Doenças Se Agravam na Somalia .

A Somália é considerada uma dos países mais pobres e atingidos pela miséria na historia de muitos países, o sofrimento e castidade são constantes a cada ano que se passa perdemos crianças e adultos pelo mesmo motivo fome, miséria e doenças que se agravam cada vez mais, e atinge milhares de cidadãos moradores da Somália. A taxa de mortalidade vem crescendo ao passar dos anos a cidade já entrou em estado de alerta, este ano de 2012 a Somália se agravou mais do que o esperado.
O número de mortes vem crescendo cada vem mais tudo isso causado pela fome e as doenças em diversos modos, hoje em dia é difícil ver o sorriso estampado no rosto destas pessoas, o que podemos encontrar na Somália, são pessoas sofrendo com a crise alimentar, doenças tomando o corpo de adultos e crianças, e o pior de tudo é ver o sofrimento de cada uma delas e não poder ajudar. Só este ano de 2012 o numero de mortes infantis subiram para 29 mil,  na Somália é possível ver 640 mil crianças num estado de calamidade subnutridas por falta de alimentação vitaminas e proteínas para suprir e amenizar a dor de cada uma delas.


Milhares de pessoas desabrigadas sem ter para onde ir, muitos rezam por um milagre, outros esperam a morte sem ter o que fazer guerras e confrontos aumentando, e famílias sofrendo por isso.  Muitos centros de controle e prevenção estão ajudando estas pessoas, porém cada ano que se passa vem se agravando mais e mais, hoje podemos dizer que o continente africano é caracterizado pela fome  e miséria.

PAÍSES MAIS ATINGIDOS PELA FOME E A DOENÇA:
Infelizmente o continente africano sofre com estas doenças e crises alimentares, adultos e crianças não tem para onde escapar, a cada ano que vem se passando as doenças vem atingindo o sistema imunológico de cada um, mais as crianças por serem frágeis, os países mais atingidos por isso são Etiópia, Somália, Moçambique, Sudão, Libéria, angola, e malawi, abemos que é muito triste tudo isso mais é a realidade de cada um destes países.





A Fome e a Miséria na África
Hoje em dia, a situação nos continentes muito pobres, como a África, não anda muito boa.

"Este, em largos traços, o retrato da fome e da miséria no mundo em nossa época, o Século do Juízo. Um sofrimento horrível, que atinge diariamente milhões e milhões de pessoas e que, no entanto, foi acarretado por elas mesmas. Esses acontecimentos terríveis, assim como tantos outros, deveriam ser encarados pela parte da humanidade ainda não atingida por eles como avisos e alertas gravíssimos, para que volte, ainda em tempo, a viver de acordo com as imutáveis e inflexíveis Leis da Criação"
Se a produção agrícola mundial fosse repartida em partes iguais, não haveria fome - a disponibilidade atual é de 2800 kcal por pessoa. As contas, porém, não se fazem assim. Basta ver que 80 por cento das crianças com fome em África vivem em países onde há excedentes alimentares. Ou que 21 por cento dos alimentos produzidos têm como destino a alimentação animal. Em vários países de África, um terço dos cereais cultivados não faz pão - serve para a engorda de animais que na altura certa são exportados para os países ricos. Amartya Sen, o indiano que foi Prémio Nobel da Economia, escreveu que a fome não ataca as sociedades livres."